Os bons sinais de que há uma diversificação na indústria de fundos

A indústria brasileira de fundos de investimento mostra resiliência. Mesmo imersa em uma economia com dificuldades para retomar o crescimento, o setor tem trazido boas notícias. Entre dezembro de 2015 e setembro de 2019, registrou aumento de 76% ou 16% anualizado no patrimônio sob gestão. Depois de atingir, neste ano a marca histórica de R$ 5 trilhões, segue em expansão. Já está na casa dos R$ 5,3 trilhões de recursos. E uma análise desses montantes mostra que ocorre não só incremento patrimonial, mas também diversificação na indústria de fundos.

Os fundos de investimento já vinham sendo largamente utilizados como instrumentos de gestão de caixa. Isto é, para a manutenção desses recursos aplicados em curto prazo para serem usados em pagamento de contas. Por exemplo, para prestações e fornecedores. “Embora não possamos afirmar categoricamente, parece que a queda gradual e consistente da taxa básica de juros, a valorização do mercado acionário, as discussões sobre a Previdência e a necessidade de fazer uma poupança de longo prazo e as taxas de inflação persistentemente baixas levaram as pessoas a buscar alternativas que atendam não apenas necessidades de curto prazo”, escreve Hudson Bessa, sócio da HB Escola de Negócios, em artigo semanal no Valor Investe.

Diversificação na indústria de fundos em curso

Segundo o professor, a composição do ativo dos fundos mostra que há uma mudança em processo. Segundo o Ranking Global de Administração de Recursos de Terceiros da Anbima, a parcela dos recursos alocada em operações compromissadas em setembro era de 20,9%, um decréscimo de 16% comparado aos 24,9% registrados em dezembro de 2015. “Os primeiros sinais em direção a maior diversificação em crédito, busca por instrumentos de renda variável e redução da parcela em ativos de liquidez imediata emana bons ares”, afirma Hudson Bessa.

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