Rumo a uma menor concentração na gestão de fundos

O Ranking de Gestão de Fundos de Investimento, divulgado mensalmente pela ANBIMA, mostra que estamos caminhando, vagarosamente, rumo a uma menor concentração na gestão de fundos. Em artigo no Valor Investe, Hudson Bessa, sócio da HB Escola de Negócios, aponta os indicadores que sinalizam essa diversificação. Em quase uma década, entre dezembro de 2010 e setembro de 2019, o número de instituições gestoras passou de 373 para 617, aumento de 65%. Houve incremento maior ainda nos recursos sob gestão (os assets under management – AUM): 213%.

“Separando os gestores em três grupos, os 10% maiores, 10% menores e 80% intermediários, percebem-se nuances na expansão dos recursos. O grupo intermediário liderou a evolução. Seus recursos foram multiplicados por quatro, sendo seguido pelos 10% menores, que experimentaram um acréscimo de 3,8 vezes; enquanto os 10% maiores registraram aumento de 3,1 vezes”, escreve Hudson Bessa.

O professor aponta, entre outros fatores, duas razões para esse processo de desconcentração na gestão de fundos. Em primeiro lugar, as plataformas eletrônicas de distribuição, já que elas atuam fortemente na venda de ativos de “casas” independentes. Dessa forma, têm obtido volumes crescentes de recursos. Hudson Bessa já abordou inclusive esse aspecto em outro artigo no Valor Investe: “As plataformas de investimento estão mudando o mercado brasileiro“.

Em segundo lugar, os gestores independentes normalmente já adotam estratégias mais diversificadas. Essa característica está sendo reforçada com as taxas de juros em patamares mais baixos. E isso deve se intensificar daqui para frente.

Menor concentração na gestão de fundos e diversificação do ativo

Além da menor concentração na gestão de fundos, há diversificação do outro lado, do ativo. Artigo anterior de Hudson Bessa abordou esse aspecto, mostrando os bons sinais da diversificação em curso na indústria de fundos.

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