Os juros baixos e a ilusão de controle

Ponte e neblina: ilusão do controle

Existe um conceito em finanças comportamentais denominado ilusão de controle. Trata-se de um viés comportamental caracterizado por nossa crença de que somos capazes de controlar os resultados de nossas ações. Será que estamos vivendo isso em relação às razões que trouxeram os juros ao menor patamar da história do Brasil?

É o que discute Hudson Bessa, sócio da HB Escola de Negócios, em coluna no Valor Investe. “Juros baixos: resultado de estratégia bem-sucedida ou de nosso fracasso?”, indaga o professor no título do artigo.

Na definição de Ellen Langer, do departamento de psicologia de Harvard, ilusão de controle é um comportamento em que formamos expectativas excessivamente otimistas sobre a probabilidade de um evento, sem fundamento na realidade. É o que está acontecendo no caso dos juros brasileiros? Há excesso de otimismo ao afirmar que a redução histórica é resultado de uma vitória? Isto é, de uma política econômica bem organizada e executada? “Me pergunto se não chegamos a esta vitória histórica contra as elevadas taxas de juros por conta não do que deu certo, mas, sim, pelo que deu errado”, escreve Hudson Bessa.

Em outras palavras, o empobrecimento da economia brasileira e uma descrença em uma retomada num horizonte mais próximo parecem ter mais peso na redução dos juros do que um plano bem arquitetado e executado.

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