O investidor iniciante, ao ler a expressão “renda fixa”, pode acreditar que se trata de um investimento com retorno garantido. Porém, essa interpretação está equivocada. Isto é, renda fixa não é garantia de renda. Esclarecendo: o que é fixado é a taxa de juros a ser aplicada sobre o valor investido. Se o retorno não é garantido, há risco. Justamente sobre o risco em uma operação de renda fixa, escreveu recentemente Hudson Bessa, sócio da HB Escola de Negócios, em sua coluna semanal no Valor Investe.
“Uma operação de renda fixa é uma operação de crédito. O investidor está emprestando dinheiro para o emissor do título, que se compromete a devolvê-lo em data futura corrigido por uma taxa de juros”, escreve Hudson Bessa.
No artigo O risco em uma operação de renda fixa, o professor explica que o prazo de emissão dos títulos e a qualidade de crédito do emissor são duas variáveis que tornam a renda fixa mais ou menos arriscada.
A primeira variável, o prazo, normalmente, influencia a rentabilidade de forma positiva. Ou seja, quanto maior o período da aplicação, maior é a rentabilidade. Afinal, para usufruir do dinheiro do credor por mais tempo, a recompensa paga deve ser maior.
>> CDI, volatilidade (risco) e remuneração
Risco de crédito
Para a segunda variável, a qualidade de crédito do emissor – ou risco de crédito, entra em cena a incerteza em relação ao cumprimento do acordado. “E se ele, o emissor, não conseguir me pagar?” Nesse caso, quanto maior for a possibilidade de um calote, maior é o risco. Portanto, o emissor acaba oferecendo maiores taxas de retorno para convencer o credor.
O rating, por exemplo, é uma quantificação do risco de crédito é o rating. “As empresas de rating atribuem notas aos emissores de forma a classificá-los entre potenciais bons pagadores e mal pagadores. Parece óbvio que, quanto mais desfavorável a nota do emissor, maior a taxa de remuneração a ser exigida”, escreve Hudson Bessa.
empréstimo investimentos renda fixa risco
- por Equipe HB
- on outubro 3, 2019