Por que o S&P 500 dobrou de valor entre 2020 e 2021 enquanto a economia dos EUA andou de lado?

Coluna do Valor Investe

O biênio 2020/2021 foi um dos piores períodos que já vivemos. A pandemia provocou mortes, angústia, ansiedade, além de desemprego e de aumentar a desigualdade social. Tudo isso envolto em muita incerteza e em uma alucinada corrida pela vacina.

Como pode o S&P 500 ter dobrado de valor em meio a este ambiente tão inóspito? Este é o tema do artigo do Valor Investe desta semana.

A seguir um extrato.

Durante o biênio 2020/2021 o mundo com certeza não gerou riqueza que justifique uma valorização de 100% do S&P 500. Pelo contrário, o PIB de EUA, China e Zona do Euro cresceram menos que o previamente estimado e as incertezas eram maiores do que em qualquer outra época, pelo menos desde os anos 70. O que se pode dizer é que os preços subiram, mas que o valor das empresas nem de longe acompanhou esta euforia.

Lembrando outro economista, Hyman Misnky, taxas de juros muito baixas e um sentimento de que as autoridades sempre estarão prontas a socorrer empresas e famílias, parecem estimular a tomada de risco. Neste contexto, os participantes do mercado como bancos, corretoras e investidores abandonam sua postura cautelosa, vestem um figurino ousado e passam a se comportar de forma imprudente.

Assim como em um cassino, todos querem aproveitar o suposto período de boa sorte que graça no salão, fazer suas apostas e ganhar o máximo de dinheiro antes que ela vá embora. Muitos estão certos de que conseguirão enxergar o momento em que os ventos mudarão de direção e serão capazes de sair a tempo, deixando os prejuízos decorrentes do ajuste dos preços aos supostamente menos espertos. Uma doce ilusão.

Taxa de juro muito baixa desperta o espírito animal (Lembrando Lorde Keynes), mesmo quando as condições de mercado são adversas e as incertezas são muitas.

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