O problema não é o risco

Coluna do Valor Investe

No artigo do Valor Investe hoje escrevo sobre risco. Risco não é ruim, faz parte, a ciência está em saber quando e quanto tomar de risco.

Segue um pedaço para degustação.

A ideia por trás do conceito é a de que se os retornos são mais dispersos em torno da média, então eles são mais incertos e, portanto, eles são mais arriscados. Aqui mais uma concepção teórica importante, o desvio-padrão é uma tentativa de medir a incerteza, e, reforçando, quanto mais incerto mais arriscado é o investimento.

Se um ativo é mais arriscado, seus retornos variam mais e, portanto, podem mais facilmente trazer boas ou más surpresas, com ganhos ou perdas mais intensos. Enquanto escrevo me lembrei de uma música, já meio antiga, cuja letra diz “Tudo que sobe desce, tudo que vem, tem volta”. Risco é mais ou menos isso.

Costumo dizer em minhas aulas, e já escrevi neste espaço, que procuramos a rentabilidade e buscamos evitar o risco. Mas isto não quer dizer que o risco é ruim, isto tem a ver com dois pontos:
·      não se deve colocar o dinheiro que você não pode perder em risco
·      para ativos com expectativa de retornos iguais, escolha o de menor risco

Nosso problema com o risco não está nos desvios acima da média, a questão está relacionada a parte de baixo, notadamente, aos retornos negativos que podem comprometer nossas economias.

Oportunidades para obter prêmios em relação a renda fixa são possíveis apenas para aqueles que resolvem investir parte dos recursos em ativos de risco.

O investidor deve se conhecer e compreender aquilo em que investe. O problema não é o risco.

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