Coluna do valor investe
No Valor Investe de hoje escrevo sobre os efeitos de longo prazo da reforma tributária na economia e nos investimentos.
Segue um fragmento.
O eixo básico da reforma é simplificação e a extinção da cumulatividade dos tributos, mudanças que devem reduzir os custos de observância das empresas (o custo para controlar e recolher os tributos), a insegurança jurídica, a judicialização e aumentar a eficiência da economia como um todo.
Algumas estimativas econômicas dão conta de que os efeitos de longo prazo podem acrescentar de 5 a 15 pontos percentuais ao crescimento projetado para o PIB. Dito desta forma, parece que a elevação do PIB é a causa da maior prosperidade do país, mas é o contrário.
Redução de risco, de custos e aumento de eficiência criam o ambiente propício para que os empresários elevem os investimentos das empresas e também que aceitem outros tantos projetos mais arriscados, mas com expectativas de retorno mais interessantes.
Quatro lições aqui são importantes:
· A reforma tributária não é perfeita, mas melhor com ela do que sem ela;
· Ela não é suficiente, mas é necessária para soltar as amarras que impedem que o Brasil seja mais competitivo e cresça com mais vigor;
· Seus efeitos são amplamente favoráveis para a economia e para as empresas, em particular, mas são distintos entre os setores;
· Seus impactos são de longo prazo, no curto sempre existirão muitos ruídos.
A reforma ainda será discutida e votada no Senado e mudanças podem ocorrer, mas por enquanto este é o quadro que temos. Vamos aguardar e torcer pelo melhor.
