Coluna do Valor Investe
Nesta semana abordo no artigo do Valor Investe o tema risco de mercado pela ótica dos efeitos da taxa de juros e do prazo nos preços dos títulos de renda fixa.
Em cenário de aumento de juros, como o atual, é ainda mais importante entender e estar antenado com os fatos para tomar decisões sobre em que aplicar nossos recursos. Em alguns casos, mais vale realizar uma perda e partir para outra aplicação a persistir em um rendimento medíocre.
Importante saber que a renda fixa não é fixa, ela também pode balançar.
Segue um fragmento.
O mundo vive um surto inflacionário mais persistente do que o previsto há alguns meses. Nos EUA a inflação é a maior nos últimos quarenta anos e na Zona do Euro ela é recorde desde o início de sua divulgação em 1997.
No Brasil o IPCA em março atingiu a marca de 11,30% nos último doze meses, a maior desde outubro de 2003, quase 20 anos atrás. Em resposta, Banco Central já vem, há mais de um ano, elevando a taxa Selic, que hoje se encontra em 11,75% a.a. Para o final do ano as projeções apontam para mais de 13% a.a.
O Banco Central dos EUA (FED) e da Europa (BCE) já deram início ao processo de redução de estímulos monetários, sendo que o FED já promoveu seu primeiro aumento dos juros
Neste contexto de aumento generalizado de taxas de juros ao redor do planeta, já surgem previsões de que a era das taxas de juros reais negativas, quando ela fica abaixo da inflação, está se aproximando do fim.
Na semana passada tratamos do risco de crédito, hoje o foco é explicar o impacto do risco de mercado nos preços dos títulos de renda fixa.
Vamos usar como exemplo as Letras do Tesouro Nacional (LTN), também conhecidas como Tesouro Pré-fixado.