O Facebook aprofunda a nossa visão míope do mundo

Coluna do Valor Investe

Na segunda-feira da semana passada, dia 04/10, o Facebook e as outras empresas do grupo sofreram uma pane que deixou os serviços fora do ar por mais de 6 horas.

No dia seguinte a ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, prestou depoimento em sessão do Senado americano sobre as denúncias vazadas por ela mesma sobre os danos que os algoritmos do Facebook e Instagram podem estar causando às pessoas.

Olhando pela ótica do comportamento, o que o Facebook e demais plataformas de mídia social fazem para aumentar o engajamento é explorar um viés conhecido como egocentrismo.

Um experimento clássico sobre o tema foi conduzido por Hastorf e Cantril na década de 50 com estudantes das universidades de Princeton e Dartmouth. Eles foram colocados em uma sala e foi pedido que assistissem a uma partida de futebol entre os times das duas escolas. Apesar de terem assistido ao mesmo filme, cada um deles achou que o time da outra universidade foi menos honesto e abusou das faltas e condutas antiesportivas.

É sobre estes filtros, formados por crenças e emoções vividas, que Facebook e outras redes sociais atuam para atrair atenção e promover engajamento. Ao fazer isto aprofundam-se nossas certezas, o sentimento de que somos mais justos que os outros e, assim, se acentua a intolerância e a polarização. Afinal, a tendência é que valorizemos mais as informações de grupos que comunguem as mesmas ideias.

É bom tomar muito cuidado com estes conteúdos que querem fazer parecer que existem grupos muito bem formados e que estariam em oposição.

Em seus investimentos tenha em mente que não existe um que seja invencível. A diversificação de ativos e as distintas formas de análise tem seu valor, não se apaixone por nenhuma delas.

Artigo na íntegra aqui! 

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