Como os candidatos a presidente pretendem tirar o Brasil da pasmaceira que nos acompanha há mais de uma década?

Coluna do Valor do Investe

No artigo do Valor Investe de hoje escrevo sobre a necessidade de os eleitores deixarem o fígado, o sentimento de repulsa e ódio, em casa e cobrarem de seus candidatos os planos para fazer o Brasil crescer.

Segue um extrato.

Hoje, no Brasil e no mundo, o debate está bastante interditado pela polarização e radicalismo, que transformaram qualquer discussão em um fla-flu. Parece que todos estão em uma tarde de domingo no Maracanã, cada um entrincheirado no seu lado do estádio torcendo por seu time, não há discussão ou ponto de consenso, a vitória de um é a derrota do outro. É só emoção.

Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, o PIB per capita deste ano deve encerrar em valor 6,3% inferior ao registrado em 2013. Ou seja, hoje somos 6% mais pobres do que a dez anos atrás.

Orçamento equilibrado é condição básica para manter a inflação sob controle e criar o mínimo de estabilidade para o crescimento. É básica, mas não suficiente para crescer.

Crescimento sustentável exige reformas estruturais, o Brasil não tem mais tempo a perder com arremedos de planos.

O próximo governo precisa discutir com o Congresso e apresentar uma proposta de reforma tributária que aumente a eficiência da economia e seja socialmente mais justa. Outra reforma é a administrativa, não há dúvida de que o Estado brasileiro é caro e ineficiente.

Educação é outra prioridade absoluta. O Brasil está há anos estacionado no PISA, o teste de proficiência de estudantes, ocupando posições significativamente abaixo da média mundial e em situação pior que a de países com PIB bem menor. A importância da educação para o crescimento está consagrada na literatura econômica.

A agenda da sustentabilidade é vital. Amazônia, riqueza de biomas, clima e outros fatores da natureza tornam o país um competidor privilegiado na corrida pela preservação do meio ambiente que avalize o crescimento econômico sustentável, simplesmente deixar a exploração predatória e ilegal avançar não é um caminho. Ademais, reduzir o isolamento internacional é condição para trazer novos capitais para financiar o desenvolvimento do país.

Vamos torcer para que nos próximos dias os candidatos deixem de lado o discurso de destruição e comecem a apresentar seus planos para construir um país melhor.

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